quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Egipto: qual o papel das forças armadas?

Gigi Ibrahim
O Egipto parece caminhar para uma revolta semelhante à que forçou a demissão de Hosni Mubarak. Durante a madrugada de hoje, morreram cinco civis em confrontos com as autoridades. O exército, neste momento, assegura a protecção do palácio presidencial, mas os manifestantes não pretendem desmobilizar. Entretanto, alguns conselheiros do presidente Mohamed Morsi apresentaram a sua demissão.
A grande incógnita deste confronto reside nas forças armadas, que têm vindo a perder influência política nos últimos meses. Durante anos, os militares estiveram associados ao regime de Mubarak, um antigo general. Porém, com Morsi tudo é diferente. Não provém do exército, mas sim de uma organização islamista que nunca despertou grandes simpatias nos meios castrenses. Apesar das mudanças promovidas pelo actual presidente na cúpula militar, não é líquido que esta esteja disposta a arriscar-se por uma tendência política que sempre combateu.

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